Semana passada decidi pegar mais leve no trabalho e me dedicar a algumas coisas que adoro fazer mas que a correria do dia-a-dia às vezes não me permite. E o assunto que permeou meus pensamentos e leituras foi o universo de mãe. Li alguns textos que estavam reservados para este momento de pausa, reli algumas anotações feitas em outros dois livros lidos há tempos atrás.
Antes de qualquer outro papel que venha a exercer e que em um ou outro momento ganhe um certo destaque na minha vida, o de mãe é certamente o principal, o mais difícil, que promove mudanças significativas e também o mais lindo e completo de todos.
Educar tem uma responsabilidade enorme, exige paciência, amor e uma dose extra de sabedoria. O que falamos, ensinamos e, principalmente, o exemplo que damos através de nossas atitudes (é preciso coerência entre palavras e atos) influencia na formação do caráter dos nossos filhos e a forma como eles enxergarão o mundo até que tenham habilidades para fazer suas próprias escolhas.
Cada fase do crescimento é diferente. Cada fase exige um tipo de cuidado. Em cada uma, ganhamos um pacote novo de medos, angústias e inquietações.
O universo de uma família e as histórias de vida de cada indivíduo precisam ser respeitadas. Cada ser é único e especial, assim como cada família o é. Um filho não é igual ao outro por mais que a educação e ensinamentos por parte dos pais sejam os mesmos. Características da personalidade de cada um devem ser levadas em conta assim como suas habilidades, que diga-se de passagem, devem ser exploradas pelos pais sem qualquer associação com modismos ou influências externas. É preciso estimular comportamentos adequados e reflexões assim como estimular a curiosidade natural das crianças para com atividades/assuntos diversos, já que nesta fase da vida eles demonstram preferências que certamente ajudarão no futuro.
Filhos vem muito mais para nos ensinar do que aprender, dizem os especialistas. E estão certos. Precisamos abandonar alguns conceitos, jogar fora nossas expectativas, mudar nossa maneira de enxergar o mundo, amadurecer e entender que este é um processo de erros e acertos, de dor e amor.
Lembro-me que quando estava grávida da Laura, me sentia angustiada (apesar de muito feliz!) com relação ao universo materno e a responsabilidade que tinha em minhas mãos. Dava um frio na barriga ao pensar que aquele ser tão pequenino seria colocado no mundo. O que eu ensinaria para ela? Que tipo de pessoa ela seria? Ouvi um amigo, que já estava nesta caminhada há algum tempo dizer: "quer saber quem é seu filho? veja seu comportamento fora de casa". Ele tinha razão.
Ninguém é perfeito. Nós, pais, não somos. E nossos filhos também não.
Nosso papel é ajudar, apoiar, mostrar novos caminhos e, a medida que o tempo passa, deixar que eles façam suas próprias escolhas. Frustrações vão acontecer, é fato! Vão errar? Certeza! São humanos, acima de tudo. Mas os muitos "nãos" ouvidos na infância podem facilitar as coisas lá na frente.
No livro Cá entre Nós - na intimidade das famílias, a autora Maria Tereza Maldonado relata que ao perguntar aos participantes de uma das suas inúmeras palestras o que eles desejavam para seus filhos, um deles levantou e disse: "que façam boas escolhas".
Perfeito, não?!?
Estava precisando ler isso hoje. Obrigada!
ResponderExcluirEstamos, então, sintonizadas! Você precisava ler e eu escrever, compartilhar! :) Bjs
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